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CONTER aponta problemas, denota falta de segurança e defende que CNEN e Anvisa desenvolvam ações conjuntas para ajudar a fiscalizar a aplicação das técnicas radiológicas no Brasil
Em atividade educativa realizada pelo Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER) durante a Internetional Joint Conference Radio 2014, a presidenta Valdelice Teodoro apresentou os dados sobre a fiscalização do exercício profissional das técnicas radiológicas no Brasil e apontou os principais problemas que comprometem a prestação dos serviços radiológicos no país.
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De acordo com a Coordenação Nacional de Fiscalização (CONAFI), em 2013, a fiscalização do Sistema CONTER/CRTRs chegou a 2.337 cidades, alcançou 33.240 profissionais e 7.440 estabelecimentos.
Embora a fiscalização do Sistema CONTER/CRTRs tenha chegado a um terço dos serviços espalhados pelo país, não é o suficiente para garantir a segurança dos profissionais e pacientes. “Em muitos casos, nossos fiscais se deparam com situações que não são da competência do conselho. Diante das evidências, autuamos e notificamos sobre o que nos corresponde e comunicamos as demais irregularidades às autoridades competentes. Entretanto, existe um vácuo. Não existe um link entre nossa fiscalização e os outros agentes de fiscalização na maioria dos estados. Isso precisa mudar, o trabalho tem que ser conjunto e resolutivo”, defendeu a presidenta Valdelice Teodoro.
Um fator determinante para a qualidade e segurança do serviço é a composição da equipe, com todas as figuras necessárias. Saúde pública não é só médico, Radiologia Industrial não é só física.
Não obstante, independente da qualidade da equipe, sem os recursos necessários à prestação do serviço é impossível realizar um bom trabalho. É necessário ter instalações sanas para exercer as técnicas radiológicas.
A principal irregularidade encontrada pela fiscalização nos estados é a não indicação do Supervisor das Aplicações das Técnicas Radiológicas (SATR). Infelizmente, segundo o CONTER, pode-se concluir que pelo menos metade dos serviços radiológicos do país não contam com essa figura tão indispensável para garantir a qualidade dos exames e a segurança da equipe, dos pacientes e clientes.
Acreditamos que o cenário pode melhorar com educação e fiscalização de qualidade. Ao nosso ver, os órgãos de fiscalização, a Anvisa e a CNEN podem definir uma agenda integrada de ações para promover a boa informação, a educação continuada e consequente melhoria do panorama radiológico brasileiro”, finalizou Valdelice Teodoro.
Fonte: Site do Conter