Tecnologia
Os físicos nucleares William H. Hannum, Gerald E. Marsh e George S. Stanford, em artigo publicado na Scientific American Brasil de março, sustentam a tese de que a energia nuclear pode ser sustentável e praticamente inesgotável, além de operar sem contribuir para a mudança climática do planeta e para o acúmulo de lixo nuclear perigoso.
Para tanto, apóiam-se em duas inovações tecnológicas, ainda em teste: o processamento pirometalúrgico (método de alta temperatura para obter combustível a partir da reciclagem do lixo do reator) e reatores modernos de nêutrons rápidos, capazes de queimar esse combustível.
Os reatores de nêutrons rápidos extrairiam muito mais energia de combustível reaproveitado em usinas, minimizariam os riscos da proliferação de armas atômicas e reduziriam o tempo que os dejetos precisam ser mantidos em isolamento (de dezenas de milhares de anos, para poucas centenas).
Desse modo, segundo os autores, a energia nuclear seria o modo “mais amigável” ao ambiente de gerar grandes quantidades de eletricidade.