Fatores-chave do sucesso
Como já foi ressaltada a participação, o envolvimento e o empenho dos Técnicos em Radiologia são de suma importância para o sucesso dos exames contrastados e o melhor caminho é a qualificação profissional.
Médicos, Tecnólogos e os Técnicos em radiologia devem sempre buscar o mais alto grau de segurança possível para a administração do contraste, tomando todas as cautelas ao seu alcance para minimizar os riscos do procedimento, sob pena de ser responsabilizado por negligência e estar preparado para prestar pronto atendimento ao paciente quando da ocorrência de reação adversa, sob pena de se caracterizar imperícia e negligência, na modalidade da omissão de socorro.
Um dos exames que mais se realiza em hospitais e clínicas é a Tomografia computadorizada e a urografia excretora. Este último método nos permite o estudo funcional e morfológico do sistema urinário. A desvantagem deste processo é o risco de reações adversas que os contrastes podem causar. As vantagens se enquadram na precisão do diagnóstico para várias patologias que envolvem o sistema urinário.
A eficácia de um meio de contraste depende não apenas das propriedades farmacológicas de suas moléculas, mas principalmente de sua capacidade de atenuação aos raios-x, quanto maior a concentração de iodo em sua solução, maior será sua capacidade de atenuar os raios-x. O uso de contraste iodado não-iônico tem se tornado mais freqüente, principalmente por sua segurança e maior tolerabilidade pelo paciente.
Para o processo do exame o Técnico existe um conjunto de procedimentos a ser seguido:
(01) Indicação clínica.
Investigar uma ampla variedade de problemas que inclui:
Massa Abdominal, Cálculos, Hematúria, I.T.U. etc…
(02) Termo de Consentimento
É um formulário que o paciente assina permitindo a realização do exame, após ser esclarecido a respeito dos riscos que envolvem a administração dos meios de contraste e como será realizado o exame.
(03) Anamnese do paciente
Coleta de dados do paciente referentes ao uso de contraste e possíveis reações alérgicas.
(04) De acordo com a prescrição mėdica, far-se-á a escolha do preparo intestinal e do preparo alérgico.
(05) De acordo com a prescrição a escolha do contraste Iônico/Não Iônico.
(06) Vias de administração:
Devem ser preferencialmente administrados em veias periféricas de grande calibre, onde o fluxo sangüíneo ė maior, com o máximo de assepsia, por profissional capaz e experiente, evitar a necessidade de punções consecutivas que vão gerar desconforto, ansiedade e dor ao paciente que podem desencadear reações do tipo vasomotora que se combinam as reações adversas do contraste e podem causar graves conseqüências.
(07) Ter previamente determinada a política no caso de complicações.
a)Realização do exame com o mėdico presente.
b)Manutenção de equipamentos e medicações necessárias para possíveis ocorrências.
c)Uso de pré – medicações. Um esquema que parece ser satisfatório ė a administração por via oral de corticosterόide, antihistamínico e efedrina, que seria feita em pacientes considerados “de risco”.
(08) Controle de qualidade.
Incidências realizadas:
Radiografias: simples, localizadas, oblíquas, perfil e tardias.
Extravasamento do meio de contraste é evento que, não raro, ocorre no cotidiano de trabalho nas unidades de imagenologia, apresentando-se desde formas leves até quadros ameaçadores à vida do paciente.
Cuidados e Fatores de Risco
- Crianças menores, idosos – não referem dor.
- Paciente com trauma.
- Paciente com obesidade.
- Veias cateterizadas por mais de 24 horas.
- Punções periféricas usam veias finas aumentando o risco de extravasamento.
- Usar sempre cateter plástico (gelco) quando utilizar bomba injetora.
Apresentação Clínica
- Dor e queimação no momento da injeção
- Diminuição do fluxo
- Abaulamento e edema no local da punção
- Redução da perfusão distal
- Parestesias
- Perda da força muscular
- Vermelhidão na área da punção venosa
Manifestações Tardias
- Dor residual
- Bolhas na pele
- Eritema ou outras alterações da cor da pele
- Alteração da sensibilidade e temperatura.
Orientação do tratamento do extravasamento
– Conduta inicial
- Interromper a administração do medicamento imediatamente
- Elevação do membro afetado acima do coração
- Compressas: Aquecidas
- Puncionar e aspirar com seringa de insulina o tecido adjacente
– Condutas Posteriores
- Avisar o medico que solicitou o exame
- Acompanhamento até resolução do processo
- Relatório de evolução
O Técnico que realizar os exames com segurança, profissionalismo e ética terá a chave do sucesso.
Os profissionais ligados direta ou indiretamente a realização do exame devem seguir a risca as orientações medicas.
Diretor Secretário CRTR 9ª Região
Eduardo Lyra